segunda-feira, 16 de abril de 2018

Dicas de português (pleonasmos e outros bichos)

(J.Lemes) Hoje ouvi um repórter da Globo dizendo: “O dia amanheceu, mas não clareou”. Depois um médico explicou que a lesão foi “a nível de joelho”. Na primeira frase houve um pleonasmo (redundância). Só o que amanhece é o dia. Já no segundo caso, confesso que ficarei devendo.

Também andei vendo outros pleonasmos comuns no dia a  dia, tais como:
“Logo em seguida”, “outra alternativa”, “gira em torno”, “eis aqui”, “voltamos após o intervalo”...
Logo só pode ser em seguida. Alternativa já é outra. Girar ao quadrado não dá. Eis significa aqui. Intervalo sem a sequência não é intervalo. Seria o fim.

Para encerrar, me reporto a algo muito repetido; o verbo haver no sentido de existir não aceita plural.
Vejam: “Fazem 10 anos que moro aqui”. “Houveram situações em que ele se deu mal”.
Também não há plural em fatores climáticos: “Choveram dois dias sem parar”.
Correto: faz, houve e choveu.

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