segunda-feira, 24 de julho de 2017

Somos os nossos cargos. E deu!

(João Lemes)
O filósofo polonês Zygmunt Bauman já disse; vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar? Concordo. Neste mundo, onde tudo o que tem vida é inacabado, incompleto, as pessoas são todas falhas e de atos falhos. Uma das nossas maiores falhas é enterrar uma pessoa boa e esquecê-la em algumas horas. Eis a prova de que tudo é finito, até a bondade e a vida gloriosa de alguém. Em suma: somos o que nossos cargos dizem que somos.

Vejam o Paulo Sant’ana. Se tivesse morrido no auge, pararia o Estado, como bem me disse um amigo. Mas como morreu velho e doente, tchau mesmo! Pouca gente se viu no velório (para um cara que fez as pessoas lerem a Zero Hora de trás para frente...). Daqui a uns dias será esquecido. É lógico que para o morto isso não muda nada, porém, muda para a família, amigos e para uma sociedade que deseja seguir os exemplos de sucesso.

Obs. Este velório sim justifica a bandeira de um time no caixão, já que ele se fez falando nesse time. Já em outros, a bandeira do Rio Grande ficaria bem melhor (ou não).

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